segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Louco de Amor.



Queria ser igual a você, que vê,
O mundo com os olhos da naturalidade.
Poder atravessar estes abismos.
Enxergar o que todos vêem com tanta certeza.

Encontrar na escuridão da solidão uma mão amiga, ou amante.
Que se estende a tantos e nunca a mim.
Ver além, além do que meu coração ferido e amargo anseia.

Ele deve estar cego, pois nada vê além de escuridão
E lampejos raros de amor.
Podre infeliz!
De tanto bater só perdeu o juízo.
Enlouquecido busca coisas sem nexo e vaga solitário,
Imaginando ter alguém.
Sonhado com realidades que não são suas.

Sonhado estar na companhia de um igual.
Alguém que lesse Byron,
Que gostasse de algodão-doce e música.
Tende pena desse pobre ser.

Ele já amou e foi ridicularizado.
Ele já sorriu e foi silenciado.
Ele tentou e foi repudiado.

Buscou um igual e só encontrou dissimulação.
Enxotado, era pouco,não tinha valor.
Era somente um coração simples e sem muito ardor.
Não era jóia de ninguém.

Hoje louco,sem visão, vaga tateando no escuro.
Na mão a vareta da esperança e sobre os ombros um manto protetor.
Teme o chicote do destino.
Buscando emoções,buscando a mão do amor na escuridão.

Doente sem cura, repudiado.
Quem o deseja?
Ele está doente e sua doença pode ser contagiosa,
Tristeza tem visco.
Essas coisas têm sabor cruel.
Louco ser, podre infeliz!
Ele tentou e falhou.
Hoje pede esmola,
E só encontra vazio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Você prometeu





Você me prometeu muitas coisas.

Realmente não te pedi nada,

Só queria o teu amor.

Seus sorrisos e se possível seu coração.Você tem um?
Não precisa explicar o que não pode ser.

Tu nada cumpriste e eu já cansei de chorar pelo passado.
Esqueça as promessas, esqueça que eu vive em seu coração...

Você tem coração?
Eu jamais o ouvi bater por mim,

Então porque me faz promessas que não pode cumprir?
Lamente seus crimes,
Lamente é tudo que pode realmente fazer,

Já que nada pode me prometer.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Segredo



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Palavras doces e cordiais.
Sorrisos que parecem artificiais,
Todos os dias a rotina dos dias me leva embora e me trás.
Caminhos e passos, esperando que tudo mude,
Meus segredos são reais.
Feitos de cor e carne.
Ele tem belos olhos e cheira a homem.
Sua voz é perfeita.
Suas mãos macias e grandes.
Deixa o mundo girar, meu segredo.
Meu moreno da boca pequena, sorriso safado.

Segredo, meu segredo...
Deixa eu te revelar, abrir os botões.
Desvendar os mistérios desse corpo.
O mundo tem de ser real e voltar a girar.
As palavras doces e cordiais têm de ser um pouco mais;
Tarde e manhas únicas.
Perdidas dentro da folhas do calendário.
Dentro de um ano longo e curto,
Tudo passou e o segredo ficou.

O meu segredo vive longe de meus olhos,
Mas mora em meu coração.
Amigo e visitante ilustre.
Tudo muda quando as diferenças caem.
Menos os segredos.
Moreno e suave, doce como a brisa da praia.

A tua presença me enche de esperança.
A sala com teu perfume.
Meu coração de alegria.
Sei que não devia esperar por te,
Teus olhos, teu cheiro,mas é impossível.
Não esperar... Ansiosamente por teus passos.

Seu olhar deixa em meu corpo a sensação da caricia,
Do beijo longo e morno.
Eu espero.
Consigo fazê-lo em silêncio.
Dentro do mundo, longe de todos os olhares.
Porque tua presença é mais do que suficiente.
Meu segredo para fazer o meu mundo girar.

domingo, 2 de novembro de 2008

Tradução



Por
Nazareth Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®

Posso sentir o cheiro da chuva no ar,
No vento que vem do jardim.
Tudo esta tão suave e calmo.
A lua cresce de um fio de outro
Para uma moeda de prata.
Com meus olhos imortais a vejo melhor.
Cada sombra e nuvem, suas formas longínquas.
Que meus dedos pálidos fingem tocar.
Ela ilumina a terra suavemente.

Você está distante, mergulhado em seus próprios sentidos.
O piano te traduz, fala,sussurra, mas não é sua voz;
É a tradução de você mesmo.
Forte e melódico.

Ando a sua volta e a musica prossegue,
Enquanto teus olhos me seguem,
Às vezes me sinto presa, numa gaiola com um pássaro.
Sem grades, sem limites.
Dias passam, enquanto durmo em seus braços.
Noite flutuam ligeiras, enquanto ando abraçada com você.

Fito meus pés e rodopio ao som do piano.
Posso vê-lo enfim sorrir e fitar-me com desejo.
Não me aproximo apenas contínuo movendo o corpo.

O vestido me acompanha o passo.
Enquanto penso que tenho o paraíso,
Tenho o amor que todos desejam,
E ele me traduz o que sou.
A música chega ao fim e eu estou flutuando no ar,
Em seus braços, seguro seus ombros e vejo seu sorriso pontudo.
Girando no ar como um pássaro.
Sou a tradução do amor,
O que você deseja como amante.

domingo, 12 de outubro de 2008

Não sei Brincar



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Eu não sei lidar com você.
Meu brinquedo, meu amor.
Toco-te e te faço mover a cabeça,
Sim e não, agora e sempre.

Mas eu não sei te fazer muito feliz.
Dou-me inteira e sempre vai faltar algo.
Minha alma, meu sangue.

Venha buscar.
Eu não sei brincar.
Talvez eu esteja quebrada,
Um defeito pequeno... É bem aqui no coração.
Ele bate, e sangra.
Não deveria já que sou feita de plástico,

-De que você é feito?
-Madeira. – meu brinquedo responde.

Mentira, ele é feito de ferro, suas mãos vão rasgar meu vestido colorido.
Não sei girar como a bailarina da caixinha de música.
Mas sei te abraçar, sou macia e cheiro a alfazema.

Eu não sei lidar com você.
Meu brinquedo, meu amor.
Toco-te e te faço mover a cabeça,
Sim e não, agora e sempre.

Pano e madeira,
Bonecos vivos nas mãos do destino.
Movendo-se dentro do quarto de brinquedos.
Correndo das mãos das crianças.
Imóveis quando nos convém.

Mas quando ganho vida eu não sei brincar.
Sou boneca e minha beleza está no coração de quem
Pode me abraçar.
Eu não sei brincar.

domingo, 28 de setembro de 2008

Doce Perfeição



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Eu queria te avisar, quebro promessas.
Infelizmente não sei amar com perfeição.
Gosto de prazer e vinho.
Beijos longos e cama macia.
De desenhar mundos sobre corpos nus.

Sou o que poucos imaginam existir,
Mas sonham encontrar numa noite solitária.
Tenho planos e segredos.
Taras e argumentação, mas corações não me atraem.
O amor é uma jóia rara que todos querem roubar.
Prefiro a segurança do prazer,
A cumplicidade de amantes temporários.

Desenho o amor e sua face é a para mim desconhecida.
Fico nua às vezes diante do espelho e me pergunto,
O que falta para a perfeição.

Eu queria te avisar, eu vou te possuir,
Mesmo que você me domine.
Tudo está dentro dos sentidos quando nada é palavra.
E tudo é silêncio dentro do ato de dar e receber prazer.
Queria te avisar que sua boca me atrai,
E seu jeito feminino me enche de fome.

Posso ficar e partir, você escolhe.
Na verdade eu prefiro beijos de língua.
São úmidos e sinceros.
Tudo me sufoca ultimamente.
Tenho pouco ou quase nenhuma paciência.
Mas eu quero te avisar estou com fome.
De sangue, de sexo e prazer.
Não sou fiel, mas nós sabemos que esse é um jogo único.
E os jogadores são especiais,
Filhos de uma raça extinta e renascidos da água e do fogo.

Eu queria te avisar, eu posso ser perfeitamente selvagem.
Posso ser qualquer coisa, menos sua.
Pois isso seria a doce perfeição.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Precisava Voltar

Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®


Eu precisava voltar para seus braços.
Beber novamente de suas veias.
Deixar seu sangue penetrar em meu corpo,
Tomar meu coração...
Docemente me levando os sentidos.

Você esta dentro de mim novamente.
E eu tremo e gozo.
É assim que nos amamos,
Somos feitos de sangue e desejo.
Vampiros, amantes, seres da noite.
Beije-me, complete a entrega.

Eu precisava voltar aos seus braços
Beber novamente de suas veias.
Sentir a sua força penetrar em meu corpo,
Em minha alma.

Em seus braços com a boca colada a sua carne,
Sugo vigorosamente.
Sinto sua mão acariciar meus cabelos,
Seus dedos desfazendo meus laços,
Nossas peles são da cor do mármore.
Seu braço forte me aconchega.
Aperta,prende,protege,domina.
Meus olhos se perdem além da janela.
A lua sumiu no céu e tudo que resta é escuridão,

O seu coração e o meu batem juntos.
O sabor de sua pele está em minha língua.
Seu perfume embriagador entranhado em minha pele.
Seu corpo está junto ao meu.
Nossas peles nuas parecem uma só;

Afasto os lábios e seu sangue é meu batom.
Você sorri e beija-me faminto.
Aperta-me, acaricia, devora.


Eu precisava voltar para sua vida.
Precisava de sua força,
De seu sangue,
Ele me nutre;
Precisava realmente voltar.
Voltar a ser sua amante.

domingo, 21 de setembro de 2008

Seduza-me



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Seduza-me.

Com seu mais doce olhar,
Posso sentir sua mão conduzir-me a você.
Há muito tempo espero por sua presença.
Tocando meu rosto com a mais leve carícia.
A ponta dos dedos...
Os lábios roçando os meus.
Deixando óbvias suas intenções.
Tudo nesse mundo conspira.
Reclama essa união.

Seduza-me.

Bem devagar,
Não tenha pressa, apenas toque sua guitarra.
Enquanto me dispo diante de seu olhar.
Seguindo as notas da melodia.
Sussurre junto ao meu ouvido seus desejos,
Abrace-me devagar.
Posso sentir seus cabelos junto a minha face.
Fiquei e seduza-me.
Eu posso sentir o desejo na sua voz.
Seu olhar me cobre de cores.
As mãos fortes me prendem a você.
Sua boca me convida e aqui e agora eu vou me render.
O beijo.
Você me devora,
Devagar,
Lentamente.

Seduza-me.

Não me importa que tudo nesse mundo nos separe, eu escuto sua musica;
E quando você canta é para mim.
É por mim.
Estou viva e o seu menor gesto me seduz.

Seu sorriso, sua voz manhosa ao telefone.
Eu quero... Muito mais.
Seduza-me.

sábado, 20 de setembro de 2008

A Minha Dor



por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

A minha dor não se mede,
Não se pesa.
Ela vai comigo por aonde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passar,
Uma Cibalena não vai curar.

A minha dor é do tamanho do mar.
Pesada como um navio,
Profunda como um abismo.

A minha dor está ai para todo mundo vê.
Ninguém comenta, é normal chorar sangue.
É comum ser só, é belo ser uma guerreira.
Alguém que só vence e nunca chora.


Estranho... Há um riu salgado dentro de mim;
E ainda dizem: Imatura.
Eu só quero um pouco de liberdade.
Sorrir ao lado de alguém,
Amar, beijar na boca.
Sentir que não sou feita de gelo e dor.

Mas enquanto houver a dor,
Sei que estou viva.
Eu não morri de apatia,
Estou lutando para a dor passar.

Ela não passa, parece só crescer,

Ela esta viva comigo,
Somos quase amigas.
Mas ela tem temperamento cruel,
E sempre me afasto dela,
Mas ela não me deixa partir,
Não me deixa respirar.
Amar impossível, ser livre pior.

Ela vai me matar,
Mas não antes de me fazer
Sofre um pouco mais.

Já deixou marcas,
Cicatrizes,eu as escondo no peito.
Eu a exibo como troféu.
Eu sofro calada,
Porque já não tenho língua.
Só palavras.

A minha dor não se mede,
Não se pesa,
Ela vai comigo por onde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passa,
Uma Cibalena não vai curar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Intimamente



Por
Nazarethe Fonseca



O tempo é meu inimigo ele me arrasta consigo.
Para dentro da melancolia.
Vivo dias sem sol e luar, mas vivo.
Uma vida longa sem propósito.

Eu queria poder tocar você novamente
Tão intimamente como antes.
Minha voz em seus ouvidos,
Meus lábios e seu pescoço, minhas mãos junto as suas.
Você se tornou minha fonte de prazer e carinho.

Meu vinculo com o que seria realmente viver.
Eu poderia ter te esperado séculos diante de janelas.
Deixado o tempo ingrato me consumir a carne.
Você não quis,
Eu parti e nada levei além de meu coração partido.
Lembranças boas e ruins eu não pude escolher o que levar.

Eu te perdi.
Quando tudo que precisava era estar intimamente com você.
E te achei em minha dor.
Tua face verdadeira me fez sangrar e esperar por noite e dias.
Que jamais vieram.
Tua voz falsamente me guiou.
Às vezes eu queria te tocar tão intimamente como um dia eu fiz.

Onde foi que parei, qual foi o momento da conquista?
O primeiro beijo?
O nosso amor morreu intimamente.
Quando tudo vira distancia o melhor é partir.
Eu parti, mas você intimamente ficou.

sábado, 6 de setembro de 2008

O Meu Fetiche



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®



Meu fetiche veste negro e tem olhos azuis, sua boca é doce cruel.
Ele é o senhor de meu mundo e diante dele sou fraca e submissa.
Em seu corpo encontro paz e sossego.
Em seu sangue alimento e imortalidade.


Meu fetiche gosta de fazer amor à luz de velas.
Ele sabe como me convencer, como seduzir com um sorriso.
E quando desabotoa a camisa o mundo parece me engolir.
Nos seus beijos rubros só existe prazer.

Ele gosta de se exibir e mostrar quem manda;
Mas em meus braços é o meu menino.
Seu jeans é negro e suas botas estão surradas.
Ele é selvagem como um tigre.
E é dentro de seu coração que me escondo quando ele perde a razão.
Fera e Anjo,
Demônio e Amante.
Meu fetiche.
Ele já me bateu,
Mas foi com uma rosa.
Ele já me matou,
Mas foi com um beijo,
Ele me trouxe a vida e foi com seu sangue.

Ah! Meu fetiche é azul.
E gosta de camas cobertas de rosas vermelhas.
O mundo onde vive me encanta e seduz.
Meu fetiche...
Meu prazer...
Meu amor vampiro.

Dentro de meu mundo... Só Você.


Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Aqui na escuridão de meu universo existe lua e sol.
Luz e fogo.
Basta você saber ver, acender, queimar...
Dentro de meu infinito existe paz e guerra.
Morte e vida...
Fica aqui dentro de mim, no céu da minha boca.
No vale de minhas pernas.
Desbravando o que pode ser conquistado, nunca vencido.
Amor e ódio.
Existem mares e desertos.
Oásis e pântanos.
Florestas e mangues.
A escuridão está nas réstias das portas entreabertas.
Fale, grite, eu posso ouvir aqui dentro de meu mundo.
Responder será minha escolha.
A sua, é permanecer,
Suportar meu amor na sua vida.
Meu carinho no seu mundo feito de decisões.
Não durma eu vou roubar seus sonhos.
Fique acordado e deixe-me te em brigar,
O vinho aqui é mais puro, mais doce.
Ele jorra das fontes invisíveis de meu mundo.
Aqui sou a Deusa e o Diabo, o céu e o inferno.
Vou beijar sua boca fechada sorver tua ternura.
Com um suspiro... Uma mordida.
Vou fazê-lo desejar ser parte de minha alma.
Deitar sobre você será meu mais simples gesto.
Quero sair, mas quero entrar.
Fique perto de mim, ou estenda a mão.
Eu vou aceitar.
Não vou parar para pensar.
Seguirei o fluxo, o rumo.
Preciso agir com meus instintos de animal;
Ser a caça e o observador.
Vou sair das sombras e assumir meu lugar no infinito,
Virar estrela de seu universo.
Assumir que sou de carne e osso.
Assumir que posso sangrar de prazer e amor.