sábado, 20 de setembro de 2008

A Minha Dor



por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

A minha dor não se mede,
Não se pesa.
Ela vai comigo por aonde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passar,
Uma Cibalena não vai curar.

A minha dor é do tamanho do mar.
Pesada como um navio,
Profunda como um abismo.

A minha dor está ai para todo mundo vê.
Ninguém comenta, é normal chorar sangue.
É comum ser só, é belo ser uma guerreira.
Alguém que só vence e nunca chora.


Estranho... Há um riu salgado dentro de mim;
E ainda dizem: Imatura.
Eu só quero um pouco de liberdade.
Sorrir ao lado de alguém,
Amar, beijar na boca.
Sentir que não sou feita de gelo e dor.

Mas enquanto houver a dor,
Sei que estou viva.
Eu não morri de apatia,
Estou lutando para a dor passar.

Ela não passa, parece só crescer,

Ela esta viva comigo,
Somos quase amigas.
Mas ela tem temperamento cruel,
E sempre me afasto dela,
Mas ela não me deixa partir,
Não me deixa respirar.
Amar impossível, ser livre pior.

Ela vai me matar,
Mas não antes de me fazer
Sofre um pouco mais.

Já deixou marcas,
Cicatrizes,eu as escondo no peito.
Eu a exibo como troféu.
Eu sofro calada,
Porque já não tenho língua.
Só palavras.

A minha dor não se mede,
Não se pesa,
Ela vai comigo por onde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passa,
Uma Cibalena não vai curar.

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