quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Intimamente



Por
Nazarethe Fonseca



O tempo é meu inimigo ele me arrasta consigo.
Para dentro da melancolia.
Vivo dias sem sol e luar, mas vivo.
Uma vida longa sem propósito.

Eu queria poder tocar você novamente
Tão intimamente como antes.
Minha voz em seus ouvidos,
Meus lábios e seu pescoço, minhas mãos junto as suas.
Você se tornou minha fonte de prazer e carinho.

Meu vinculo com o que seria realmente viver.
Eu poderia ter te esperado séculos diante de janelas.
Deixado o tempo ingrato me consumir a carne.
Você não quis,
Eu parti e nada levei além de meu coração partido.
Lembranças boas e ruins eu não pude escolher o que levar.

Eu te perdi.
Quando tudo que precisava era estar intimamente com você.
E te achei em minha dor.
Tua face verdadeira me fez sangrar e esperar por noite e dias.
Que jamais vieram.
Tua voz falsamente me guiou.
Às vezes eu queria te tocar tão intimamente como um dia eu fiz.

Onde foi que parei, qual foi o momento da conquista?
O primeiro beijo?
O nosso amor morreu intimamente.
Quando tudo vira distancia o melhor é partir.
Eu parti, mas você intimamente ficou.

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