domingo, 2 de novembro de 2008

Tradução



Por
Nazareth Fonseca
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Posso sentir o cheiro da chuva no ar,
No vento que vem do jardim.
Tudo esta tão suave e calmo.
A lua cresce de um fio de outro
Para uma moeda de prata.
Com meus olhos imortais a vejo melhor.
Cada sombra e nuvem, suas formas longínquas.
Que meus dedos pálidos fingem tocar.
Ela ilumina a terra suavemente.

Você está distante, mergulhado em seus próprios sentidos.
O piano te traduz, fala,sussurra, mas não é sua voz;
É a tradução de você mesmo.
Forte e melódico.

Ando a sua volta e a musica prossegue,
Enquanto teus olhos me seguem,
Às vezes me sinto presa, numa gaiola com um pássaro.
Sem grades, sem limites.
Dias passam, enquanto durmo em seus braços.
Noite flutuam ligeiras, enquanto ando abraçada com você.

Fito meus pés e rodopio ao som do piano.
Posso vê-lo enfim sorrir e fitar-me com desejo.
Não me aproximo apenas contínuo movendo o corpo.

O vestido me acompanha o passo.
Enquanto penso que tenho o paraíso,
Tenho o amor que todos desejam,
E ele me traduz o que sou.
A música chega ao fim e eu estou flutuando no ar,
Em seus braços, seguro seus ombros e vejo seu sorriso pontudo.
Girando no ar como um pássaro.
Sou a tradução do amor,
O que você deseja como amante.

2 comentários:

Marcos Santos disse...

para ti de mim,

Passeias devagar sem nada,
Ao relento da paisagem
Esbotenada na ampla
Visão de uma triagem.
Corres sobre a beira do monte,
Esbanjada de um sentimento sublime,
A luz espehada na fonte,
Reflecte a imagem do horizonte.

Perpétua musicalidade,
Que corrompe os teus ouvidos
Em sons tão bem definidos,
Na hora da eternidade.
Criação de ensejos premitidos,
Em fecundas emoções de raridades,
Nos olhares profundos contraidos
De verdades enrubescidos.


Marcos Santos

Nazarethe Fonseca disse...

Muito obrigada.bjos