terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Nosso Tempo.



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®


O nosso tempo está se perdendo,
O relógio está contra nós.
Fecho os meus olhos e te tenho ao meu lado,
Posso segurar sua mão,
Beijar seu rosto por mil vidas.

Eu quero tão pouco... Um sorriso, um beijo,
O toque de suas mãos sobre as minhas.
E ele continua me roubando você.
E nada dura para sempre.
Tudo se perde.
Muitos caminhos eu já percorri, mas nenhum deles
Conduziu-me a você, que vive dentro minhas memórias.
E quando fecho meus olhos sinto seus lábios sobre os meus.

Em meus sonhos estamos enlaçados,
E nada parece se perder.
Uma velha canção, uma historia de amor, dois corações, uma só vida.
Somente o agora, o presente, o futuro é mistério.
Nosso tempo está se perdendo,
Nada dura para sempre.
Tenho medo de ficar, e de partir.
Ensina-me a escolher... Eu preciso ser corajosa para não te perder.

Fecho os meus olhos e te tenho ao meu lado,
Posso segurar sua mão,
Beijar seu rosto por mil vidas.
Mas o nosso tempo está se perdendo,
O nosso tempo é agora.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Suspeitas.



Não tem explicação.
Olho seus olhos e sondo sua mente.
Você demora e eu fico agitada.
E quando você chega, eu me esqueço de perguntar o principal.
O que sinto é maior e as suspeitas me devoram.

Sua voz, seu cheiro esta sobre minha pele e eu só preciso disso.
Preciso sentir-me completa novamente.
E suas mãos, seus olhos podem tanto...
Faço perguntas certas nas horas errados e calo nas horas certas.
São elas, as suspeitas.
Devorando meu amor por você, me fazendo criar monstros.

- Não estrague tudo.
Você me pede manso e me beija.
- É um jogo?
Não me faça perder o juízo,apenas diga o que sente.
Para onde vai quando tudo parece mudar.
Eu me sinto estranha quando não estamos juntos.
Tudo perde o sentido e as suspeitas me engolem.
Não diga sim, se quer dizer não.
Se eu partir não vou voltar.

O mundo está girando, o sol se põem e você não ligou.
O telefone está desligado e eu penso mil coisas.
O mundo esta girando...
- Você fez de propósito que me enlouquecer.
- Sinto muito.
- Quer me mostrar quer sou sua?
Meu coração sangra e eu só queria ouvir.
- Eu te amo.

Você chega e reclama das ligações.
Ocupado demais para me atender.
- Por que você não atendeu?
- Eu não tive tempo.
Tudo é tão perto e longe.
- Não estrague tudo.
Você diz e eu engulo mais um sapo.
- Estou longe, você também.
E quando você me beija eu quero que diga baixinho.
-Eu te amo.
Está aqui dentro de meu coração as suspeitas...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Louco de Amor.



Queria ser igual a você, que vê,
O mundo com os olhos da naturalidade.
Poder atravessar estes abismos.
Enxergar o que todos vêem com tanta certeza.

Encontrar na escuridão da solidão uma mão amiga, ou amante.
Que se estende a tantos e nunca a mim.
Ver além, além do que meu coração ferido e amargo anseia.

Ele deve estar cego, pois nada vê além de escuridão
E lampejos raros de amor.
Podre infeliz!
De tanto bater só perdeu o juízo.
Enlouquecido busca coisas sem nexo e vaga solitário,
Imaginando ter alguém.
Sonhado com realidades que não são suas.

Sonhado estar na companhia de um igual.
Alguém que lesse Byron,
Que gostasse de algodão-doce e música.
Tende pena desse pobre ser.

Ele já amou e foi ridicularizado.
Ele já sorriu e foi silenciado.
Ele tentou e foi repudiado.

Buscou um igual e só encontrou dissimulação.
Enxotado, era pouco,não tinha valor.
Era somente um coração simples e sem muito ardor.
Não era jóia de ninguém.

Hoje louco,sem visão, vaga tateando no escuro.
Na mão a vareta da esperança e sobre os ombros um manto protetor.
Teme o chicote do destino.
Buscando emoções,buscando a mão do amor na escuridão.

Doente sem cura, repudiado.
Quem o deseja?
Ele está doente e sua doença pode ser contagiosa,
Tristeza tem visco.
Essas coisas têm sabor cruel.
Louco ser, podre infeliz!
Ele tentou e falhou.
Hoje pede esmola,
E só encontra vazio.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Você prometeu





Você me prometeu muitas coisas.

Realmente não te pedi nada,

Só queria o teu amor.

Seus sorrisos e se possível seu coração.Você tem um?
Não precisa explicar o que não pode ser.

Tu nada cumpriste e eu já cansei de chorar pelo passado.
Esqueça as promessas, esqueça que eu vive em seu coração...

Você tem coração?
Eu jamais o ouvi bater por mim,

Então porque me faz promessas que não pode cumprir?
Lamente seus crimes,
Lamente é tudo que pode realmente fazer,

Já que nada pode me prometer.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Segredo



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Palavras doces e cordiais.
Sorrisos que parecem artificiais,
Todos os dias a rotina dos dias me leva embora e me trás.
Caminhos e passos, esperando que tudo mude,
Meus segredos são reais.
Feitos de cor e carne.
Ele tem belos olhos e cheira a homem.
Sua voz é perfeita.
Suas mãos macias e grandes.
Deixa o mundo girar, meu segredo.
Meu moreno da boca pequena, sorriso safado.

Segredo, meu segredo...
Deixa eu te revelar, abrir os botões.
Desvendar os mistérios desse corpo.
O mundo tem de ser real e voltar a girar.
As palavras doces e cordiais têm de ser um pouco mais;
Tarde e manhas únicas.
Perdidas dentro da folhas do calendário.
Dentro de um ano longo e curto,
Tudo passou e o segredo ficou.

O meu segredo vive longe de meus olhos,
Mas mora em meu coração.
Amigo e visitante ilustre.
Tudo muda quando as diferenças caem.
Menos os segredos.
Moreno e suave, doce como a brisa da praia.

A tua presença me enche de esperança.
A sala com teu perfume.
Meu coração de alegria.
Sei que não devia esperar por te,
Teus olhos, teu cheiro,mas é impossível.
Não esperar... Ansiosamente por teus passos.

Seu olhar deixa em meu corpo a sensação da caricia,
Do beijo longo e morno.
Eu espero.
Consigo fazê-lo em silêncio.
Dentro do mundo, longe de todos os olhares.
Porque tua presença é mais do que suficiente.
Meu segredo para fazer o meu mundo girar.

domingo, 2 de novembro de 2008

Tradução



Por
Nazareth Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®

Posso sentir o cheiro da chuva no ar,
No vento que vem do jardim.
Tudo esta tão suave e calmo.
A lua cresce de um fio de outro
Para uma moeda de prata.
Com meus olhos imortais a vejo melhor.
Cada sombra e nuvem, suas formas longínquas.
Que meus dedos pálidos fingem tocar.
Ela ilumina a terra suavemente.

Você está distante, mergulhado em seus próprios sentidos.
O piano te traduz, fala,sussurra, mas não é sua voz;
É a tradução de você mesmo.
Forte e melódico.

Ando a sua volta e a musica prossegue,
Enquanto teus olhos me seguem,
Às vezes me sinto presa, numa gaiola com um pássaro.
Sem grades, sem limites.
Dias passam, enquanto durmo em seus braços.
Noite flutuam ligeiras, enquanto ando abraçada com você.

Fito meus pés e rodopio ao som do piano.
Posso vê-lo enfim sorrir e fitar-me com desejo.
Não me aproximo apenas contínuo movendo o corpo.

O vestido me acompanha o passo.
Enquanto penso que tenho o paraíso,
Tenho o amor que todos desejam,
E ele me traduz o que sou.
A música chega ao fim e eu estou flutuando no ar,
Em seus braços, seguro seus ombros e vejo seu sorriso pontudo.
Girando no ar como um pássaro.
Sou a tradução do amor,
O que você deseja como amante.

domingo, 12 de outubro de 2008

Não sei Brincar



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Eu não sei lidar com você.
Meu brinquedo, meu amor.
Toco-te e te faço mover a cabeça,
Sim e não, agora e sempre.

Mas eu não sei te fazer muito feliz.
Dou-me inteira e sempre vai faltar algo.
Minha alma, meu sangue.

Venha buscar.
Eu não sei brincar.
Talvez eu esteja quebrada,
Um defeito pequeno... É bem aqui no coração.
Ele bate, e sangra.
Não deveria já que sou feita de plástico,

-De que você é feito?
-Madeira. – meu brinquedo responde.

Mentira, ele é feito de ferro, suas mãos vão rasgar meu vestido colorido.
Não sei girar como a bailarina da caixinha de música.
Mas sei te abraçar, sou macia e cheiro a alfazema.

Eu não sei lidar com você.
Meu brinquedo, meu amor.
Toco-te e te faço mover a cabeça,
Sim e não, agora e sempre.

Pano e madeira,
Bonecos vivos nas mãos do destino.
Movendo-se dentro do quarto de brinquedos.
Correndo das mãos das crianças.
Imóveis quando nos convém.

Mas quando ganho vida eu não sei brincar.
Sou boneca e minha beleza está no coração de quem
Pode me abraçar.
Eu não sei brincar.