domingo, 28 de setembro de 2008

Doce Perfeição



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®


Eu queria te avisar, quebro promessas.
Infelizmente não sei amar com perfeição.
Gosto de prazer e vinho.
Beijos longos e cama macia.
De desenhar mundos sobre corpos nus.

Sou o que poucos imaginam existir,
Mas sonham encontrar numa noite solitária.
Tenho planos e segredos.
Taras e argumentação, mas corações não me atraem.
O amor é uma jóia rara que todos querem roubar.
Prefiro a segurança do prazer,
A cumplicidade de amantes temporários.

Desenho o amor e sua face é a para mim desconhecida.
Fico nua às vezes diante do espelho e me pergunto,
O que falta para a perfeição.

Eu queria te avisar, eu vou te possuir,
Mesmo que você me domine.
Tudo está dentro dos sentidos quando nada é palavra.
E tudo é silêncio dentro do ato de dar e receber prazer.
Queria te avisar que sua boca me atrai,
E seu jeito feminino me enche de fome.

Posso ficar e partir, você escolhe.
Na verdade eu prefiro beijos de língua.
São úmidos e sinceros.
Tudo me sufoca ultimamente.
Tenho pouco ou quase nenhuma paciência.
Mas eu quero te avisar estou com fome.
De sangue, de sexo e prazer.
Não sou fiel, mas nós sabemos que esse é um jogo único.
E os jogadores são especiais,
Filhos de uma raça extinta e renascidos da água e do fogo.

Eu queria te avisar, eu posso ser perfeitamente selvagem.
Posso ser qualquer coisa, menos sua.
Pois isso seria a doce perfeição.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Precisava Voltar

Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®


Eu precisava voltar para seus braços.
Beber novamente de suas veias.
Deixar seu sangue penetrar em meu corpo,
Tomar meu coração...
Docemente me levando os sentidos.

Você esta dentro de mim novamente.
E eu tremo e gozo.
É assim que nos amamos,
Somos feitos de sangue e desejo.
Vampiros, amantes, seres da noite.
Beije-me, complete a entrega.

Eu precisava voltar aos seus braços
Beber novamente de suas veias.
Sentir a sua força penetrar em meu corpo,
Em minha alma.

Em seus braços com a boca colada a sua carne,
Sugo vigorosamente.
Sinto sua mão acariciar meus cabelos,
Seus dedos desfazendo meus laços,
Nossas peles são da cor do mármore.
Seu braço forte me aconchega.
Aperta,prende,protege,domina.
Meus olhos se perdem além da janela.
A lua sumiu no céu e tudo que resta é escuridão,

O seu coração e o meu batem juntos.
O sabor de sua pele está em minha língua.
Seu perfume embriagador entranhado em minha pele.
Seu corpo está junto ao meu.
Nossas peles nuas parecem uma só;

Afasto os lábios e seu sangue é meu batom.
Você sorri e beija-me faminto.
Aperta-me, acaricia, devora.


Eu precisava voltar para sua vida.
Precisava de sua força,
De seu sangue,
Ele me nutre;
Precisava realmente voltar.
Voltar a ser sua amante.

domingo, 21 de setembro de 2008

Seduza-me



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Seduza-me.

Com seu mais doce olhar,
Posso sentir sua mão conduzir-me a você.
Há muito tempo espero por sua presença.
Tocando meu rosto com a mais leve carícia.
A ponta dos dedos...
Os lábios roçando os meus.
Deixando óbvias suas intenções.
Tudo nesse mundo conspira.
Reclama essa união.

Seduza-me.

Bem devagar,
Não tenha pressa, apenas toque sua guitarra.
Enquanto me dispo diante de seu olhar.
Seguindo as notas da melodia.
Sussurre junto ao meu ouvido seus desejos,
Abrace-me devagar.
Posso sentir seus cabelos junto a minha face.
Fiquei e seduza-me.
Eu posso sentir o desejo na sua voz.
Seu olhar me cobre de cores.
As mãos fortes me prendem a você.
Sua boca me convida e aqui e agora eu vou me render.
O beijo.
Você me devora,
Devagar,
Lentamente.

Seduza-me.

Não me importa que tudo nesse mundo nos separe, eu escuto sua musica;
E quando você canta é para mim.
É por mim.
Estou viva e o seu menor gesto me seduz.

Seu sorriso, sua voz manhosa ao telefone.
Eu quero... Muito mais.
Seduza-me.

sábado, 20 de setembro de 2008

A Minha Dor



por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

A minha dor não se mede,
Não se pesa.
Ela vai comigo por aonde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passar,
Uma Cibalena não vai curar.

A minha dor é do tamanho do mar.
Pesada como um navio,
Profunda como um abismo.

A minha dor está ai para todo mundo vê.
Ninguém comenta, é normal chorar sangue.
É comum ser só, é belo ser uma guerreira.
Alguém que só vence e nunca chora.


Estranho... Há um riu salgado dentro de mim;
E ainda dizem: Imatura.
Eu só quero um pouco de liberdade.
Sorrir ao lado de alguém,
Amar, beijar na boca.
Sentir que não sou feita de gelo e dor.

Mas enquanto houver a dor,
Sei que estou viva.
Eu não morri de apatia,
Estou lutando para a dor passar.

Ela não passa, parece só crescer,

Ela esta viva comigo,
Somos quase amigas.
Mas ela tem temperamento cruel,
E sempre me afasto dela,
Mas ela não me deixa partir,
Não me deixa respirar.
Amar impossível, ser livre pior.

Ela vai me matar,
Mas não antes de me fazer
Sofre um pouco mais.

Já deixou marcas,
Cicatrizes,eu as escondo no peito.
Eu a exibo como troféu.
Eu sofro calada,
Porque já não tenho língua.
Só palavras.

A minha dor não se mede,
Não se pesa,
Ela vai comigo por onde quer que vá.

Está na minha face cansada,
No meu sorriso sem força, mas esforçado.
Ela está dentro de minha cabeça em forma de dor.
Um Anador não vai fazer ela passa,
Uma Cibalena não vai curar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Intimamente



Por
Nazarethe Fonseca



O tempo é meu inimigo ele me arrasta consigo.
Para dentro da melancolia.
Vivo dias sem sol e luar, mas vivo.
Uma vida longa sem propósito.

Eu queria poder tocar você novamente
Tão intimamente como antes.
Minha voz em seus ouvidos,
Meus lábios e seu pescoço, minhas mãos junto as suas.
Você se tornou minha fonte de prazer e carinho.

Meu vinculo com o que seria realmente viver.
Eu poderia ter te esperado séculos diante de janelas.
Deixado o tempo ingrato me consumir a carne.
Você não quis,
Eu parti e nada levei além de meu coração partido.
Lembranças boas e ruins eu não pude escolher o que levar.

Eu te perdi.
Quando tudo que precisava era estar intimamente com você.
E te achei em minha dor.
Tua face verdadeira me fez sangrar e esperar por noite e dias.
Que jamais vieram.
Tua voz falsamente me guiou.
Às vezes eu queria te tocar tão intimamente como um dia eu fiz.

Onde foi que parei, qual foi o momento da conquista?
O primeiro beijo?
O nosso amor morreu intimamente.
Quando tudo vira distancia o melhor é partir.
Eu parti, mas você intimamente ficou.

sábado, 6 de setembro de 2008

O Meu Fetiche



Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados a Autora®



Meu fetiche veste negro e tem olhos azuis, sua boca é doce cruel.
Ele é o senhor de meu mundo e diante dele sou fraca e submissa.
Em seu corpo encontro paz e sossego.
Em seu sangue alimento e imortalidade.


Meu fetiche gosta de fazer amor à luz de velas.
Ele sabe como me convencer, como seduzir com um sorriso.
E quando desabotoa a camisa o mundo parece me engolir.
Nos seus beijos rubros só existe prazer.

Ele gosta de se exibir e mostrar quem manda;
Mas em meus braços é o meu menino.
Seu jeans é negro e suas botas estão surradas.
Ele é selvagem como um tigre.
E é dentro de seu coração que me escondo quando ele perde a razão.
Fera e Anjo,
Demônio e Amante.
Meu fetiche.
Ele já me bateu,
Mas foi com uma rosa.
Ele já me matou,
Mas foi com um beijo,
Ele me trouxe a vida e foi com seu sangue.

Ah! Meu fetiche é azul.
E gosta de camas cobertas de rosas vermelhas.
O mundo onde vive me encanta e seduz.
Meu fetiche...
Meu prazer...
Meu amor vampiro.

Dentro de meu mundo... Só Você.


Por
Nazarethe Fonseca
Todos os direitos reservados à autora®

Aqui na escuridão de meu universo existe lua e sol.
Luz e fogo.
Basta você saber ver, acender, queimar...
Dentro de meu infinito existe paz e guerra.
Morte e vida...
Fica aqui dentro de mim, no céu da minha boca.
No vale de minhas pernas.
Desbravando o que pode ser conquistado, nunca vencido.
Amor e ódio.
Existem mares e desertos.
Oásis e pântanos.
Florestas e mangues.
A escuridão está nas réstias das portas entreabertas.
Fale, grite, eu posso ouvir aqui dentro de meu mundo.
Responder será minha escolha.
A sua, é permanecer,
Suportar meu amor na sua vida.
Meu carinho no seu mundo feito de decisões.
Não durma eu vou roubar seus sonhos.
Fique acordado e deixe-me te em brigar,
O vinho aqui é mais puro, mais doce.
Ele jorra das fontes invisíveis de meu mundo.
Aqui sou a Deusa e o Diabo, o céu e o inferno.
Vou beijar sua boca fechada sorver tua ternura.
Com um suspiro... Uma mordida.
Vou fazê-lo desejar ser parte de minha alma.
Deitar sobre você será meu mais simples gesto.
Quero sair, mas quero entrar.
Fique perto de mim, ou estenda a mão.
Eu vou aceitar.
Não vou parar para pensar.
Seguirei o fluxo, o rumo.
Preciso agir com meus instintos de animal;
Ser a caça e o observador.
Vou sair das sombras e assumir meu lugar no infinito,
Virar estrela de seu universo.
Assumir que sou de carne e osso.
Assumir que posso sangrar de prazer e amor.